Há pouco tempo, a Havaianas se juntou com a Dolce & Gabbana para uma parceria elegante e (ligeiramente) inusitada. Através do modelo ‘Havaianas Top’, algumas das principais estampas da grife italiana foram trabalhadas e apresentadas aos fãs de ambas as marcas.
Ao todo, foram quatro estampas divididas em duas categorias. A primeira delas, chamada “Clássicos”, traz o leopardo e a zebra. Já a segunda, intitulada “Ícones”, traz estampas em azul e branco, remetendo ao multicolorido estilo siciliano. Todas com suas tirinhas de veludo, dando um ar chique e atemporal às peças. As unidades foram vendidas através do site da marca e em algumas lojas em São Paulo/SP por R$ 349,99.
Aparentemente, a ação foi um sucesso. Mesmo que em meio a algumas discordâncias em alguns quesitos (como o preço, por exemplo) por parte do público. No entanto, observamos que nenhuma grande ação para o lançamento desta parceria foi feita. Eles optaram por uma divulgação mais…digamos, minimalista. Mas e se algo tivesse sido realizado? O cenário poderia ser ainda mais positivo? Bom, não temos outra saída a não ser analisar essa hipótese juntos. Dito isso, elencamos 3 prós e 3 contras de ações co-branded:
Prós
1. Aumento da Visibilidade da Marca
Quando duas marcas se associam, ambas se beneficiam da exposição à base de clientes da outra. Isso pode aumentar significativamente a visibilidade de ambas, permitindo que alcancem um público maior e mais diversificado. Esta exposição mútua é particularmente valiosa se as marcas tiverem públicos-alvo complementares.
2. Mais Engajamento
Campanhas co-branded muitas vezes geram maior engajamento, pois oferecem novidades e exclusividades que atraem a atenção dos consumidores. Essa maior interação pode resultar em um relacionamento mais forte e duradouro com os clientes.
3. Acesso a Novos Mercados
Colaborar com uma marca que já possui uma forte presença em um mercado onde você ainda não está estabelecido pode facilitar a entrada nesse novo mercado. Isso é particularmente útil em expansões internacionais, onde a familiaridade e a reputação da marca parceira podem suavizar a entrada e aceitação.
Contras
1. Conflitos de Interesse
Parcerias co-branded podem gerar conflitos de interesse entre as marcas envolvidas. Cada uma tem seus próprios objetivos, estratégias e culturas corporativas, que podem não estar alinhados. Esses conflitos podem surgir em várias áreas, como alocação de recursos, divisão de receitas, e estratégias de marketing. A falta de alinhamento pode levar a tensões e, eventualmente, ao fracasso da parceria.
2. Gestão e Coordenação Complexa
Gerenciar uma iniciativa co-branded requer um alto nível de coordenação e comunicação entre as marcas envolvidas. Isso pode ser extremamente desafiador, especialmente se as empresas tiverem estruturas organizacionais e processos de decisão muito diferentes. A complexidade adicional pode resultar em atrasos, aumento de custos e ineficiências operacionais.
3. Custo de Oportunidade
Ao se comprometer com uma iniciativa co-branded, uma marca pode perder outras oportunidades de colaboração ou desenvolvimento de produtos que poderiam ser mais vantajosas. O tempo, os recursos e a atenção dedicados à parceria podem ser significativos, limitando a capacidade de explorar outras opções potencialmente mais lucrativas.
Portanto, como pudemos perceber, criar ações em co-branded é algo que exige cuidado e atenção. Mas é super possível. Isso, se as marcas, ainda que diferentes, se unirem em prol do público e ao mesmo tempo respeitarem a essência de ambas, criando e operando de forma colaborativa, com uma comunicação 100% transparente. Analisando riscos, planejando, pensando nos impactos e benefícios em todas as partes envolvidas, garantindo que todos estejam na mesma página e tenham oportunidades iguais de sucesso. Desta forma, entregando experiências inesquecíveis. Logo, acreditamos que um evento de lançamento entre Havaianas e Dolce & Gabbana poderia ter sido possível e, eventualmente, aumentado o engajamento em torno deste momento.
